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Que tal história?

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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Novas tendências da historiografia sobre Minas Gerais no período Colonial

O texto "Novas tendências da historiografia sobre Minas Gerais no período colonial", da professora Júnia Ferreira Furtado, analisa a produção historiográfica sobre a capitania de Minas Gerais produzida a partir dos anos 1980. O ponto de partida da autora é o livro "Desclassificados do ouro", de Laura de Mello e Souza. Júnia Furtado procurou "mapear os temas hegemônicos, as tendências e os recortes teóricos utilizados". A partir da leitura do artigo, sistematize estes elementos, buscando identificar os que têm exercido maior atração sobre os historiadores de Minas Gerais.

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A autora inicia o artigo apresentado a tendência de se privilegiar uma abordagem política e econômica nos estudos sobre a capitania de Minas Gerais até os últimos anos do século passado, pouco explorando temas referentes a vida cotidiana e ao universo cultural.
Essa priorização dos aspectos econômicos vem da influência marxista, marcante nas analises sobre a colonização. O período minerador foi compreendido, então, com a fase áurea da história mineira, ao realizar a vocação exportadora da economia brasileira, enquanto o século XIX seria marcado pela ruralização da região.
Foi decisiva influência de Formação do Brasil Contemporâneo, de Caio Prado Jr, para a analise da administração mineradora, destacando as dificuldades da metrópole de estender seu controle à periferia da colônia.
Em Economia do Ouro em Minas Gerais, Wilson Cano chamou a atenção para a necessidade de se estudar a história de Minas a partir de outro contexto, encontrando eco na dissertação de mestrado de Laura Mello de Souza, Desclassificados do ouro, que provocou uma verdadeira revolução nas interpretações do século XVIII mineiro, ao salientar o estudo do universo da pobreza e dos marginais descortinou uma sociedade mineira multiprocessada e plural.
Laura de Mello e Souza juntou as ideias de Caio Prado Jr e de Raymundo Faoro, de que o governo representava a marca da presença portuguesa e que o centralismo acentuava o controle efetivo da região por parte das autoridades, respectivamente, criando e expressão “o agre e o doce”para representar a forma como o poder metropolitano se efetivou na colônia.
Ao se debruçar sobre a posição e o tipo de vida desfrutada por homens e mulheres na capitania a autora de Desclassificados do Ouro aponta que a sociedade mineradora, antes ser entendida ser a sociedade da riqueza, nivelou a população por baixo, democratizando a pobreza e gerando um massa significativa de desclassificados sociais.
foi a partir de sua obra que a influência das novas metodologias vão se fazer sentir na historiografia referente às Minas Gerais setecentistas e os novos métodos que se seguiram buscaram não apenas o particular, o rotineiro, mas, a partir do que fosse específico nas Minas Gerais.
A consequência dessa renovação foi a ampliação do conceito de fontes o que permitiu a reconstrução do dia-a-dia de seus habitantes Uma das características marcantes das novas abordagens sobre o período foi o fato de tais estudos serem frutos das universidades. De caráter monográfico apresentavam aspectos mais analíticos imprimindo um caráter eminentemente científico.
Para se fazer uma análise das características e perspectivas da produção historiográfica sobre as Minas Gerais no período colonial, realizada nos últimos vinte e oito anos, a autora optou por fazer uma mescla dos diferentes tipos de abordagens, analisando as varias perspectivas como também o processo de releitura das grandes temáticas da história em Minas Gerais a partir de 5 grandes eixos:
1)as relações de poder, as revoltas e as inconfidências;
2) a escravidão;
3) o universo da vida social e familiar;
4) a vida cotidiana e familiar;
5) a cultura e a religiosidade.

2.Minas de todo delírio: relações de poder, motins, revoltas e inconfidências.

Um dos campos de estudo em que a historiografia sobre as Minas Gerais no período colonial mais contribuiu para a renovação história foi o da conformação do poder metropolitano nas Minas Gerais. Ao longo dos últimos 28 anos, as analises sobre as formas como as relações de poder se configuram na capitania se transformaram e, mais recentemente, grande parte dos trabalhos realizados sobre a temática da administração colonial na capitania de Minas Gerais passou a se insurgir contra a dicotomia colônia versus metrópole como modelo ideal para explicar as relações entre Portugal e seu império ultramarino na época moderna.
Estes estudos tem convergido para a percepção de que a compreensão das formas de poder que se estruturou nas Minas só é possível a partir de entendimento dos mecanismos de legitimação da monarquia portuguesa.
O que a nova historiografia sobre Minas Gerais tem buscado responder foi de que forma a articulação entre esses mecanismos infra-estruturais, como a legitimação do poder régio na forma de uma pacto com os soberanos, essenciais à reprodução desse poder, se reproduzia no império, e de que maneira o governo das Minas foi uma experiência ímpar, redimensionando as próprias maneiras de governar no império. Parte desses trabalhos atentou para a reprodução de poder fora das instituições.
Um novo campo temático que se apresentava é o do estudo vertical da composição da elite mineradora e da trajetória de vida administrativa dos funcionários régios, com destaque para o caso dos governadores.
Em muitos casos a lei se tornou o campo de intermediação do poder entre o rei e seus vassalos, como também campo de conflito. As novas abordagens não se limitam a repetir o paradigma de que a realidade era um simples reflexo da legislação, mas tem buscado analisar as instituições jurídicas em vigor nas Minas Gerais e o papel de seus funcionários no desempenho de suas funções administrativas.
Em Minas Gerais o controle estatal se manifestou em grande parte por meio do fiscalismo e da tributação, tornando os tributos fonte de embate entre governantes e governados
Para a Minas, ao mesmo tempo que se procurou compreender a dimensão total do volume alcançado pelo contrabando buscou-se analisar a dimensão social e o significado dessas redes de contrabando e em que medida elas reproduziam as cadeias hierárquicas que eram os mesmos mecanismos de identificação formal e informal da sociedade colonial.
Desses estudos se conclui que mesmo com inúmeros mecanismos de reforço das identidades no interior do império, a sociedade mineira não era puro espelho da do reino e se apresentava de maneia múltipla e plural.
A violência individual e interpessoal foi fenômeno constante na sociedade mineira, onde muitas vezes os conflitos resultavam em práticas agressivas. Muitos estudos tem se direcionado para o entendimento dessa violência cotidiana e novos trabalhos tem se debruçado sobre a política de militarização da capitanias procurando desnudar a superposição e os enfrentamentos dos interesses das elites locais.
O século XVIII nas Minas se caracterizou pela lenta afirmação e consolidação do poder real na região, mas também foi marcado por constantes ameaças a dominação da monarquia. Sendo o tema da violência coletiva manifesto nos diversos motins e revoltas coloniais abordado por vários trabalhos, que apontaram para a importância e a generalização dos movimentos de rebeldia nas Minas setecentistas.
Recentemente, analises mais aprofundadas desse movimentos buscaram os padrões de comportamentos, de objetivos, do papel e do perfil dos atores na tentativa de esboçar uma tipificação desses movimentos e os padrões que se repetem no diferentes levantes que sacudiram o império.
O estudo da inconfidência mineira se destaca como uma tema relevante para a compreensão desse aspecto rebelde que de tempos em tempos sacudiu as Minas e muitos autores mergulharam em sua história.
Estes estudos sobre Minas Gerais também contribuíram para a compreensão da delicada estratégia política que unia os distantes pontos do império e que passava por uma vigorosa transformação.
Entre os inúmeros temas ainda pouco explorados nessa vertente a autora destaca o papel e a composição das câmaras municipais, as formas de cobrança e pagamento de diversos tributos coloniais; quem eram, como atuavam e eram cooptados diversos administradores coloniais. Ela destaca ainda a quase inexistência de estudos sobre as penalidades decorrentes dessa ruptura da ordem.

3.negros como a noite: o mundo da escravidão.

Uma das vertentes que se firmou na Historiografia sobra Minas Gerais foi herdeira da história social, com vários trabalhos se debruçando sobre os temas das mulheres, da família, dos marginais, dos libertos e das crianças que buscaram compreender as tentativas de ordenação da sociedade moderna.
Uma nova visão sobre a população escrava e de cor da capitania emergiu da historiografia sobre Minas Gerais recente que revelou uma sociedade heterogênea e múltipla, paradoxal em relação e uma administração que procurava ser repressora e excludente, mas que nem sempre conseguia moldar essa sociedade conforme seu intento, o que permitiu uma proliferação dos trabalhos em história social.
Muitas dessas analises valeram-se das ferramentas de demografia histórica, com novos estudos que abordaram a multiplicidade de experiências de vida dos cativos e libertos no dia-a-dia das Minas Gerais.
O estudo do comportamento dessa população revelou normas inéditas de comportamento, ao mesmo tempo que se fixavam nos parâmetros impostos pela sociedade branca.
Suas praticas contrariavam duas crenças arraigadas na historiografia tradicional: a de que o cativeiro criava uma aversão à escravidão entre a população negra e mestiça e a de que reduzir os negros a uma situação de animais se impedira-os de estabelecerem laços estáveis de relacionamento.
Ao contrario do que usualmente se pensava, os escravos foram capazes de estabelecer níveis significativos de organização familiar e de lutarem por seus direitos. Também se tem procurado apontar para a necessidade de estudos mais pontuais e verticais sobre essa população cativa, buscando-se perceber as nuances entre as diversas nações africanas que foram trazidas para a capitania e sua diversidade cultural, étnica e lingüística.
Segundo a autora a maioria dos trabalhos sobre escravidão se pautaram na utilização de dados seriados, a partir do levantamento sistemático de densos, inventários, testamentos, registros de batismo, óbitos, captação, casamentos, entre outros.
Uma questão relevante e que vem sendo discutida pelos historiadores refere-se aos mecanismos de acesso às alforrias. Os estudo tem percebido o segmento dos forros era composto em sua maioria por mulheres.
A autora aponta ainda alguns itens, que, segundo ela, ainda precisam ser melhor explorados, como, por exemplo, o volume e o papel da coartação no conjunto das alforrias, a composição das etnias africanas no seio da população escrava e de que maneira elas se articulavam entre si nos planteis mineradores, o tráfico de escravos no interior da capitania e também que o estudo de algumas trajetórias individuais deve ser estimulado.

4. Por detrás das rótulas: a vida social dos mineiros

A autora aponta a realização de diversos estudos capazes de captar as peculiaridades das relações sociais que se estabeleceram na região mineradora da época. A partir da vasta pesquisa documental e, principalmente, ao fazerem outras perguntas às fontes, os historiadores apresentaram uma nova visão das relações familiares que se estabeleceram na época.
Conforme apontam diversos estudos as taxas de concubinato e de ilegitimidade eram altas em Minas Gerais. O universo desses ilegítimos foi desnudado em diversos trabalhos, que revelaram que a prática de registro dessas crianças como naturais diminuía o estigma moral que recaia sobre elas e permitia assim o seu acesso à herança dos pais, e escondia diversos pecados mais graves, como o adultério ou o aparecimento de filhos ilegítimos de clérigos.
Diferentes analises sobre abandono infantil apontaram para a especificidade da sociedade das Minas Gerais, onde a roda dos expostos apareceu de maneira tardia e dessa forma coube às câmaras municipais e às irmandades o principal ônus na assistência às crianças abandonadas.
Estudos mais recentes, delimitados à regiões específicas da capitania, tem revelado a incidência e o alargamento dos índices de uniões legítimas sagradas pelos laços sagrados do matrimônio católico ao longo do século.
As analises já realizadas sobre a sociedade mineira, devido à enormidade dos dados disponíveis sociais e de arranjos familiares, tem se pautado por um arranjo monográfico, restringindo-se em geral a uma comunidade ou a uma faixa social específica e muitas vezes utilizando dados demográficos. Há ainda muito a ser realizado, ainda que o somatório destas abordagens já seja suficiente para demonstrar que a família mineira era heterogênea alguns temas ainda pouco trabalhado segundo a autora são, por exemplo a exposição de ilegítimos, as formas de criação e de educação infantil que se diferenciavam conforme o status social, a maneira como se dava a relação entre famílias legítimas e ilegítimas nos espaços urbanos, as formas de transmissão de herança, os grupos sociais desviantes dos padrões de comportamento tradicionais, como os homossexuais.

5. vida cotidiana e material.

A autora demonstra que, para além da dicotomia rural-urbano, os novos trabalhos sobre a realidade espacial da capitania buscaram salientar as relações complementares e complexas que se estabeleceram entre o mundo da cidade, do campo e do sertão distante.
Segundo ela, os estudiosos procuraram reconstruir a configuração das urbes mineradoras, que redesenham o panorama da capitania, buscando compreender a estreita articulação entre as iniciativas administrativas, as regulamentações dos espaço urbano e o movimento dinâmico de ocupação populacional. Esse estudos apresentam o espaço precário dos períodos iniciais da ocupação, o que imprimiu um caráter efêmero e transitório às edificações nas urbes mineiras, mas com o passar do tempo e com o progressivo assentamento da população, os arraias cresceram e alguns foram elevados a vilas.
Os estudos tradicionais salientavam as questões políticas decorrentes das disputas de poder envolvidas nas contendas que indispunham as autoridades dos diversos núcleos urbanos nas Minas, atribuindo ao rigor metropolitano a escassez de títulos honoríficos concedidos aos arraiais mineiros e a limitação do número de vilas. As novas analises, ao incorporarem as representações de cidades e dos núcleos urbanos que transparecem da analise dos discursos coevos salientam que tais discursos ressaltavam os aspectos que enobreciam as localidades.
O sertão passou a se configurar a partir dos novos trabalhos sobre o tema como espaço de resistência, de negros aquilombados e de índios selvagens.
Segundo a autora a cartografia da região mineradora tem se tornado um objeto em si de estudo, abrindo novos campos de investigação que articula historia e mapas, com muitos desses estudos concentram-se no estudo da Estrada Real.
A revisão historiográfica dos últimos 20 anos permitiu que a economia da capitania no século XVIII passasse a ser vista para além da exploração mineral.
Diferentes trabalhos chamaram a atenção para a importância da agricultura interna no abastecimento urbano das Minas, a diversidade da sua economia e das ocupações e a articulação entre os diferentes mercados regionais. Esse dinamismo econômico da capitania promoveu a diversificação das atividades e das ocupações, exigindo um conjunto notável de ofícios, que os novos estudos tem revelado, desempenhados por brandos, mulatos e negros de ambos os sexos. Os trabalhos recentes têm procurado desvendar o universo numeroso desses artífices para além da figura emblemática do Aleijadinho.
A autora faz notar ainda que há ainda há muito que se estudar que sobre a vida material da capitania : como as distinções de status se refletiam nas vestimentas e acessórios, como se organizava o abastecimento local, quais gêneros eram produzidos internamente e qual o papel das câmaras municipais nesse setor, como as diferenças sociais e regionais infuiam no mobiliário e na arquitetura das casas.

6.universo cultural

O barroco foi estudado de forma ampla, mas novos estudos se caracterizaram por abandonar o entendimento do barroco apenas como estilo artístico-arquitetônico. Diversos estudos debruçaram-se sobre universo mais amplo dos artistas que circulavam na capitania.
O estudo sobre a vida associativa, em especial sobre as irmandades religiosas e sua relação paradoxal com o estado, instigou vários debates entre os que salientavam o papel dessas instituições como reprodutoras do aparelho metropolitano e os que acentuavam sua autonomia.
Também se buscou analisar, segundo a autora, o papel das irmandades enquanto lugar para a realização das práticas religiosas cristãs. Instigantes estudos sobre a morte, a pompa fúnebre, as devoções mineiras e o gosto do macabro foram realizados, salientado a devoção religiosa e a preferência pelo fausto que marcaram a prática cristã nas Minas Gerais.
As condições sanitárias e a proliferação de doenças foi tema mais recente explorado pelos historiadores das Minas Gerais.
A difusão dos livros e as praticas de leitura foram assuntos que despertaram o interesse dos estudiosos , sendo que os inventários mineiros do século XVIII revelaram uma elite sofisticada e intelectualizada, em constante contato com hábitos e idéias que circulavam na Europa.
Já a prática musical em Minas Gerais gerou todo um conjunto de profissionais. O resgate desse movimento musical é um tema que ainda desafia os historiadores.
Já os batuques lembravam a cultura africana, marcada por um universo de magia que em Minas Gerais se amalgamou às práticas de feitiçaria oriundas do universo cultural europeu, conforme estudos inovadores tem apontado.
Muitos historiadores se aventuraram no estudo do que se convencionou chamar de circularidade ou reciprocidade entre a cultura erudita e a popular.
A partir dessa leitura podemos sistematizar alguns dos elementos que mais se sobressaem na historiografia mineira que mais se destacam.
No ponto em que a autora fala sobre as “relações de poder, motins, revoltas e inconfidências” podemos destacar, como alguns dos elementos mais atrativos sobre a historiografia mineira a conformação do poder metropolitano, estudos que buscam compreender os mecanismos de legitimação da monarquia portuguesa e a forma com era feita a articulação entre esses mecanismos. Ela destaca ainda o estudo vertical da composição da elite mineradora e da trajetória de vida administrativa dos funcionários régios.
Há ainda novas abordagens que procuram analisar as instituições jurídicas em vigor nas Minas Gerais e o papel de seus funcionários no desempenho de suas funções administrativas.
Outro tema de destaque é o da dimensão total do volume alcançado pelo contrabando e a dimensão social e o significado dessas redes.
Estudos concluem que mesmo com inúmeros mecanismos de reforço das identidades no interior do império, a sociedade mineira não era puro espelho da do reino. Muitos estudos também foram feitos sobre a violência individual e interpessoal e sobre a violência cotidiana, incluindo a política de militarização e a violência coletiva.
As analises mais aprofundadas desses movimentos revelaram padrões de comportamentos, de objetivos, do papel e do perfil dos atores na tentativa de esboçar uma tipificação desses movimentos e os padrões que se repetem no diferentes levantes que sacudiram o império.
Se destaca o estudo da inconfidência mineira e a compreensão da delicada estratégia política que unia os distantes pontos do império.
Em seguida, no ponto sobre o mundo da escravidão podemos identificar os temas referentes a história das mulheres, da família, dos marginais, dos libertos e das crianças. a busca pelo melhor entendimento da vida da população escrava e de cor e o estudo do comportamento dessa população e dos mecanismos de acesso às alforrias.
Sobre a vida social dos mineiros ela destaca os estudos sobre as peculiaridades das relações sociais que se estabeleceram na região mineradora, as relações familiares e os casos de concubinato e de ilegitimidade, além de estudos sobre o universo desses ilegítimos e analises sobre o abandono infantil e sobre os casos uniões legítimas, sagradas pela Igreja.
No ponto sobre “vida cotidiana e material” temos destaque para trabalhos sobre as relações entre o mundo da cidade, do campo e do sertão. Sobre a configuração das urbes mineradoras e a representações de cidades e dos núcleos urbanos.
temos também estudos sobre a cartografia, concentram-se no da Estrada Real. Da economia, vista para além da exploração mineral, da importância da agricultura interna no abastecimento, das diversificação das atividades e das ocupações e do universo desses artífices.
Sobre o “universo cultural” podemos identificar que o barroco foi estudado de forma ampla, e, mais recentemente como seu entendimento não apenas como estilo artístico-arquitetônico.
Há também trabalhos sobre o universo mais amplo dos artistas, a vida associativa, em especial sobre as irmandades religiosas e sua relação paradoxal com o estado e seu papel enquanto lugar para a realização das práticas religiosas cristãs. Encontramos também estudos sobre a morte, a pompa fúnebre, as devoções mineiras e o gosto do macabro, sobre as condições sanitárias e a proliferação de doenças, a difusão dos livros e as praticas de leitura, a prática musical e os batuques africanos.

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