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Que tal história?

Que tal história?

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A Utopia. Thomas Morus


LIVRO I.



O livro descreve o encontro de Thomas Morus com seu amigo Pedro Gil e um estrangeiro chamado Raphael Hitlodeu, que era marinheiro e havia viajado com Américo Vespúcio, trazendo várias histórias sobre o novo mundo.
“A Utopia” foi uma obra publicada em 1516 que constituiu uma crítica social, política e religiosa à sua época. Uma Inglaterra dominada pelo rei Henrique VIII, a qual ele demonstra grande oposição, não só como humanista, mas também num sentido peculiarmente medieval, como cristão, para quem a sociedade cristã supranacional era a realidade básica no campo social. Morus, no séc. XVI, em pleno renascimento, pintou com palavras uma sociedade perfeita em que, para ele, a sociedade ideal se assemelharia às do mundo antigo. “...todos vós conheceis a penalidade adotada pelos romanos, povo tão adiantado na ciência de governar,”


A EUROPA IMPERIAL.


A chegada de Carlos V inscreveu a península Ibérica numa Europa imperial, da qual os espanhóis tinham uma visão fragmentada. A abertura política da Espanha para a Europa antecedeu o reinado de César e a “ancorarem” imperial.
A tomada de Granada para que Fernando e Isabel se interessassem pelo cenário internacional. Os reis católicos precisavam estabelecer sua hegemonia antes de firmar sua presença na Europa. Presença que foi firmada com o alianças dinásticas e diplomacia.
As relações tumultuadas com Portugal abrandaram-se. Em 1490 Castela consolidou seu domínio sobre as Canárias, o que lhe abriu as rotas para o Novo Mundo.
Ao sul a reconquista prosseguiu. Os espanhóis atacaram o norte da África. Para alguns, a experiência africana e para outros, a passagem pelas Canárias forum um prelúdio à aventura americana.


sábado, 5 de julho de 2008

A ESCOLA DOS ANNALES

Por volta de meados do séc. XVIII, um certo número de intelectuais, na França, Escócia, Itália, Alemanha e outros países começaram a se preocupar com o denominaram “História das sociedades”. Uma nova história, uma “história que inclua qualquer traço ou vestígio das coisas que o homem fez ou pensou, desde o seu surgimento sobre a terra.”.
Licien Febvre e Marc Bloch foram os lideres do que se pode denominar revolução francesa da história.
A revista dos annales surgiu da vontade de se promover a nova história, diferente da que era produzida até então. Após a primeira guerra mundial Lucien Febvre idealizou uma revista voltada à história econômica, que seria dirigida pelo historiador belga Hennri Pirene. O projeto encontrou diversas dificuldades, sendo abandonado. Em 1928 foi Bloch quem tomou a iniciativa de ressuscitar os planos de uma revista. Novamente foi solicitado que Pirene a dirigisse, mas em virtude de sua recusa Febvre e Bloch tornaram-se editores.


A Mulher na Idade Média.


Resumo


Para uma melhor compreensão da situação da mulher na Idade Media é necessário o entendimento dos costumes dos grupos formadores da sociedade européia, pois estes, em certa medida, condicionaram as tradições vigentes no Ocidente medieval. A cultura cristã com os hábitos herdados dos germânicos, celtas e romanos teve peso considerável na concepção de mulher durante a idade média.
As mulheres, para os romanos, sempre foram “naturalmente inferiores”, sendo excluídas das funções publicas, políticas e administrativas, sendo restringidas ao ambiente doméstico, sempre governado por um homem. Mesmo quando era juridicamente livre a mulher tinha a autonomia limitada pela família, sendo extremamente presa aos seus interesses. Em Bizâncio a mulher também conheceu diversas limitações. Tais limitações foram comuns a maioria dos povos da Antiguidade, mas existiram exceções como é o caso das mulheres dos povos celtas. Depois do século X a mulher conheceu uma regressão no seu estatuto jurídico.


O Ano Mil - Questionário.

Questionário sobre "O Ano Mil".

1)Como podemos considerar a relação do homem com o tempo sendo produto de diferentes momentos históricos?
R-A concepção cristã de tempo, que se inicia com a Criação, passa pela Encarnação e termina com o Juízo. O tempo é linear e, portanto, irreversível, mas que surgido em um contexto pagão e agrário não podia escapar a certa circularidade. O tempo medieval, mais de que linear era espiralado.
Como todo calendário é uma forma de controle social e durante a época feudal seu domínio foi exclusividade da Igreja a recusa de que o gregoriano foi objeto expressava uma resistência cultural.
O grande paradoxo do tempo na sociedade ocidental é que nela sempre se viveu, e ainda se vive, mais no passado e para o futuro de que no presente. O tempo "puro", matematizável, existe somente em teoria. Há todo um leque de rítimos determinados pelas condições materiais e psicológicas de cada sujeito, individual ou coletivo.


2)Analise as três abordagens que o autor apresenta para a questão do ano mil.
R-O autor apresenta aspectos de três formas de visão culturais diferentes do ano mil: a apresentação da visão da cultura eclesiástica. Visão que aceitava o fim dos tempos, mas adiando indefinidamente sua chegada, sem que se atrevessem a predizer uma data especifica para ele. Houve, como em todos os tempo e culturas o interesse dos poderes constituídos de elaborar e impor um calendário à sociedade. Ao medir e ordenar o tempo transforma-se um fenômeno natural em um produto cultural. Logo, o tipo de calendário adotado revela muito de uma sociedade, não apenas seus conhecimentos técnicos, mas sobretudo de sua visão do mundo.
No aspecto da cultura vulgar há o pensamento de que o fim estava próximo, o que representava uma forma de contestação dos valores sociais.
No terceiro aspecto, a visão da cultura intermediária, há a visão da proximidade eminente do fim dos tempos. Fim desejável, pois acreditavam na vinda de um período de mil anos de felicidade, em oposição a presença constante da violência, da fome da guerra e da morte que rondava a sociedade daquela época.


3)Em que medida esta obra contribui para a melhor compreensão da idade média?
R-Ao contextualizar as condições culturais e religiosas, ao fazer um relato das formas com que se lidava com o tempo e com a possibilidade da proximidade de seu fim a obra ajuda a trazer uma visão clara de como se comportava a sociedade feudal nas proximidade do ano mil.


FRANCO JR, Hilário. "O Ano Mil", Companhia das letras; São Paulo; 1999.

O Feudalismo - parte 5 - Conclusão

CONCLUSÃO



Ao discorrer sobre suas origens, suas estruturas, sua dinâmica e as causas da crise que acabaria por lhe dar fim a obra faz um estudo claro, com a demonstração dos diversos fatores de evolução da sociedade feudal e que permitiu um entendimento claro dos seus fatores de desenvolvimento. Há a demonstração da necessidade de se entender que o feudalismo não foi uma formula, mas sim uma resposta espontânea às dificuldades, possibilidades, necessidades e ansiedades próprias de uma local e de uma época.


Bibliografia:
O Feudalismo; FRANCO JR, Hilário; Brasiliense; São Paulo; 4º edição.

O Feudalismo - parte 4 - Crise

A CRISE



Nas ultimas décadas do séc.XIII o Feudalismo sofreu a perda da vitalidade que o caracterizou nos 200 anos anteriores, originada de sua própria dinâmica, que o levou a atingir os limites do funcionamento de sua estrutura. A crise resultava doas próprias características do Feudalismo. Desde os séc.XII-XIII, ele vinha sofrendo profundas transformações que se revelaram com toda sua força em princípios do séc.XIV.


O Feudalismo - parte 3 - Dinâmica

A DINÂMICA.



Mal estava completada sua estruturação, o Feudalismo já começava a apresentar transformações, com o próprio movimento do corpo social desencadeando mutações.
Nascido em fins do séc.IX ou princípios do X, após centenas de anos de gestação, o Feudalismo conheceu seu período de mais intenso crescimento de meados do séc.XI a meados do séc.XIV.
Isso foi possível devido a reorganização da sociedade ocidental em novos moldes de acordo com as condições decorrentes do fracasso do Império Carolíngio e com as profundas transformações que ocorriam há séculos.
A reorganização de suas estruturas provocava movimentos que acabariam por abalar seus próprios fundamentos.
A revitalização da sociedade levou a um triplo crescimento: demográfico, econômico e territorial.


O Feudalismo - parte 2 - Estrutura

A ESTRUTURA



Em fins do séc.X as estruturas feudais estavam montadas, com os elementos derivados de seu sistema de formação reunidos de forma indissolúvel e compacta.
Economicamente o feudalismo estava centrado no setor primário(agricultura), hegemônico em relação ao setor secundário(indústria), e ao terciário(comércio). Era uma sociedade claramente agrária por envolver a maioria da população nessa atividade e por quase todos viverem dela. Isso não significando que outras atividades econômicas não fossem praticadas e não tivessem peso. Além de artesãos ambulantes cada grande domínio senhorial tinha sua própria produção artesanal com as matérias primas quase sempre produzidas no próprio local. Desse forma cada grande domínio procurava produzir tudo que fosse preciso na vida cotidiana.
O comércio mantinha ainda um certo porte, embora irregular e de intensidade variável. Certas mercadorias imprescindíveis(como sal), encontráveis apenas em alguns lugares eram objeto de trocas comerciais. As trocas locais desempenhavam um papel de primeira ordem nessa economia, com os camponeses levando à feira seu pequeno excedente produtivo e podendo comprar algum artesanato urbano. Assim, ainda que timidamente, desde meados do séc.XI a zona rural foi se integrando aos circuitos comerciais.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

O Feudalismo - parte 1 - Gênese.


A GÊNESE


O processo de gestação do feudalismo foi bastante longo, remontando a crise romana do séc. III, passando pela constituição dos reinos germânicos nos séc. V-VI e pelos problemas do Império Carolíngio no séc. IX. Esse processo apresentou sete aspectos principais: a ruralização da sociedade, o enriquecimento da hierarquia social, a fragmentação do poder central, o desenvolvimento das relações de dependência social, a privatização das defesas, a clericalização da sociedade e as transformações da mentalidade, dos quais destacarei três que me parecem mais importantes, sendo os restantes consequência desse primeiros. Com exceção da clericalização da sociedade que também é consequência da generalização do cristianismo. E das transformações da mentalidade, processo muito mais lento, mas que também pode ser considerando como consequência da cristianização e da clericalização.