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Que tal história?

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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A Utopia. Thomas Morus


LIVRO I.



O livro descreve o encontro de Thomas Morus com seu amigo Pedro Gil e um estrangeiro chamado Raphael Hitlodeu, que era marinheiro e havia viajado com Américo Vespúcio, trazendo várias histórias sobre o novo mundo.
“A Utopia” foi uma obra publicada em 1516 que constituiu uma crítica social, política e religiosa à sua época. Uma Inglaterra dominada pelo rei Henrique VIII, a qual ele demonstra grande oposição, não só como humanista, mas também num sentido peculiarmente medieval, como cristão, para quem a sociedade cristã supranacional era a realidade básica no campo social. Morus, no séc. XVI, em pleno renascimento, pintou com palavras uma sociedade perfeita em que, para ele, a sociedade ideal se assemelharia às do mundo antigo. “...todos vós conheceis a penalidade adotada pelos romanos, povo tão adiantado na ciência de governar,”





Ele visava a libertação do homem para o trabalho. Queria todos trabalhando ao invés de pessoas sem emprego e parasitas, vivendo as custas dos ricos. Ele diz: “...esta massa imensa de gente ociosa parece-me inútil ao pais mesmo na hipótese de uma guerra...” e fala também:”coloca um freio no avarento egoísmo dos ricos, tira-lhes o direito de açambarcamento e monopólio. Que não haja mais ociosos entre vós.”
Há também em seu livro outros ideais como a ausência de miséria, de altas taxas entre outros. “...o único meio de distribuir os bens com igualdade justiça...é a abolição da propriedade”.
Thomas Morus não olha o futuro, mas tem ideais que se aproximam dos atuais socialistas. O seu ideal era talvez o ideal medieval comum a toda teoria política do ocidente desde São Tomás de Aquino, segundo o qual a comunidade cristã consiste de classes diferenciadas que exercem harmoniosamente funções próprias, todas necessárias ao bem comum.
O livro, apesar de ter sido pensado no séc. XVI, apresenta questões bem atuais, anseios de acomodação e resolução de problemas que são vividos até hoje pela sociedade.



LIVRO II.

Na segundo parte do livro Thomas Morus apresenta, através da história de Hitlodeu, a ilha de Utopia. Localizando-a no novo ele descreve o que seria, segundo ele, a sociedade perfeita. Sociedade baseada na inexistência da propriedade privada e na colocação das necessidades coletivas acima dos interesses individuais.
Utopia é um lugar onde todos devem trabalhar, sendo dispensados apenas aqueles que exercem importantes funções políticas ou que demonstre aptidões para as ciências.
Institucionalmente a menor unidade da sociedade é a família, chefiada pelo membro mais velho, um certo número de famílias elegem um magistrado regional (chamado sifogrante ou filarca), cada dez desses ele um magistrado superior (traníbora ou protofilarca) e os sifograntes elegem ainda um príncipe. O sendo é formado pela reunião dos traníbora e do príncipe e é onde se decide a política da ilha, mas é também rigidamente controlado para evitar que algum príncipe tenha pretensões ditatoriais.
A sociedade se divide em cidadãos livres e escravos. Sendo a hierarquia social definida pela idade, considerando-se que os mais velhos são também os mais sábios e assim podem tomar as melhores decisões, em benefício de todos. Quanto às mulheres, vivem em situação bem igualitária, inclusive recebendo treinamento militar, além disso o casamento só se realiza quando de comum acordo.
Os escravos são prisioneiros de guerra ou criminosos condenados. Não são considerados cidadãos e a ele cabe os trabalhos mais penosos e degradantes, mas não sendo essa uma sociedade escravista é relativamente fácil deixar de ser escravo, basta par isso, aos prisioneiros de guerra assimilar a cultura utopiana a aos criminosos demonstrar verdadeiro arrependimento. Inclusive filhos de escravos não são escravos.
Sendo a força produtiva da ilha baseada no trabalho do cidadão livre e como todos são obrigados a trabalhar,há sempre abundância de suprimentos. Assim uma parte e reservada para qualquer emergência, outra e distribuída aos pobres das nações vizinhas e a outra e vendida a quem queira comprar.
O resultado da venda desse excedente os utopianos utilizam apenas para contratar tropas mercenárias em caso de guerra, o que, alias, fazem apenas em ultimo caso e sempre fora do território da ilha. Dão ao dinheiro, metais e pedras preciosas nenhum valor, considerando tolo aquele que se deixa seduzir pelo brilho de uma gema. Tanto que em utopia as correntes que prendem os escravos são feitas de ouro.
A colocação das necessidades coletivas é baseada em uma filosofia de prazer, em que uma volúpia que não resulte em mal a ninguém é vista como perfeitamente aceitável, sendo poucos os cidadãos que dele se abstem, mas os que o fazem pelo bem comum, colocando a felicidade dos outros acima de sua própria, são considerados “santos”.
O deus dos utopianos seria bem semelhante ao cristão. Quer que seus fieis busquem o prazer e não prejudiquem ao próximo. Não era impedido que se seguisse outras religiões, enquanto estas não ferissem os princípios básicos da sociedade: o bem comum, a igualdade, a ausência de orgulho e a busca pelo prazer. A felicidade tendo que ser pensada coletivamente.
Assim Thomas Morus traz para o mundo a sociedade perfeita. Que existe em “lugar nenhum”,mas que pode ser alcançada, não pela vontade dos reis, como demonstra pela recusa de Hitlodeu de se fazer conselheiro por não acreditar que seria ouvido, mas pelo povo, que deveria ser guiado pelos sábios.

Um comentário:

Unknown disse...

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